31.12.08
Top de Tops de 2008 de 2008
viajado por xadoc às 13:58 1 bilhetes obliterados
Combinados: 2008, celebrity, CollegeHumor, espiritismo, games, searches, Time, Top, Zeitgeist
29.12.08
Vídeo interessante e para pensar no que é estudar nos dias de hoje
Isto da internet é muito bonito para procurar informação mas também é uma fonte de distracção extremamente poderosa, um vídeo para ver com cautela como diria o Bruno Aleixo ou então só um conjunto de balelas.
viajado por xadoc às 00:52 0 bilhetes obliterados
28.12.08
Músicas de 2008
Como oiço muita coisa decidi fazer uma listagens de músicas de 2008 por categorias e com links para youtube.
#clássica ou contemporânea#
António Pinho Vargas - Tom Waits
#indie shintzie sentimentali + dressed up in a curtain pattern#
Beach House - Heart of Chambers
Beach House - Gila
Ruby Suns - There are birds
#indie shintzie sentimentali + hip-pop#
Why? - The Vowels Pt. 2
Why? - These Few Presidents
#indie mainstream#
Constantines - Our Age
Deerhunter - Never stops
Deerhunter - VHS Dream
#trash, electronica and Chocolate Rain on lsd#
Crystal Castles - Crimewave
Crystal Castles - Lovers Who Uncover [Crystal Castles VS The Little Ones]
Ladytron - Burning Up
Ladytron - Ghosts
#ed bangers check it out#
Girl Talk - Here's the thing
Does It Offend You, Yeah? - Let's Make Out
Hadouken! - That Boy That Girl
Justice - D.A.N.C.E. Part 2
Nine Inch Nails – 1,000,000
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17.12.08
Sem dinheiro para compras de Natal?
Peçam a este!
http://alicebot.org/Santa/
viajado por xadoc às 19:08 0 bilhetes obliterados
Pantufinhas Mediamarkt!
Logo ali ao lado de um PC dos diabos umas pantufas e um "Massagador (sic) de Pés". Isto é que é diversificação de produtos.
viajado por xadoc às 18:55 1 bilhetes obliterados
Combinados: Mediamarkt, publicidade, sic
6.12.08
Causso Darame
This is the real shit todo amarfanhado, nojento e apanhado do chão ali no Campo Grande. A razão? Ainda não tinha ninguém a representar o Espiritismo da Reboleira, muito menos astrólogo, espiritualista e curandeiro.
É também com pena que noto cada vez menos erros de português nestas preciosidades.
viajado por xadoc às 02:38 0 bilhetes obliterados
Combinados: astrólogo, Causso Darame, curandeiro, espiritismo
Professor Fofana
Mais um professor. Será que o Professor Fofana concorda com o método de avaliação de professores proposto pelo Governo?
viajado por xadoc às 02:35 0 bilhetes obliterados
Combinados: espiritismo, Professor Fofana
Mestre Sane
Mestre Sane é certamente alguém a confiar, ou então não, se calhar é só mesmo um outsider no que toca a templates de papelinhos do mundo do espiritismo. Uma folhinha A5 a cores toda catita.
viajado por xadoc às 02:30 0 bilhetes obliterados
Combinados: espiritismo, Mestre Sane
31.10.08
Direito a ser hipocondríaco
Dói-me a garganta, é 6ª feira e já estou assim desde 2ªfeira, nada agradável.
Como é normal fui a uma consulta no CATU. Entro, a médica depois de ouvir os queixumes e inspeccionar a garganta pergunta:
-Têm febre?
-Não.
-Não tem nada.
-Nada?! Mas dói-me a garganta...
-Você não tem a garganta inflamada, tem as _______ desidratadas e precisa é de beber bastantes líquidos. Eu não vejo aí nada.
-Então nem um Brufen ou um antibiótico?
-Não os antibióticos são para as bactérias.
-Ok, ainda bem.
E é assim a vida, já lá vão os tempos saborosos do Maxilase :(
viajado por xadoc às 20:05 0 bilhetes obliterados
Você crê em milagre? Ao lado da churrasqueira a Grelha.
viajado por xadoc às 11:31 0 bilhetes obliterados
Combinados: Religião
Mestre Alarba
viajado por xadoc às 11:27 0 bilhetes obliterados
Combinados: espiritismo, mestre Alarba
29.9.08
Pesquisa da RTP é uma LOLmachine.
Pesquisei no site da RTP.pt por "Carlos Teixeira" qual o resultado?
:D
Depois tentei Loures
viajado por xadoc às 19:33 0 bilhetes obliterados
27.9.08
Fui de férias...
... e até aí nada de novo, ou não fosse pela primeira vez fazer uma pequena foto reportagem do que vi e opiniar a bit about it.
Primeira nota de "desinteresse" será dizer que a paisagem da Extremadura é extremamente aborrecida sendo kilómetros e kilómetros de Alentejo hardcore só palhinha e uma ou outra árvore, é muito seco aquilo. (Pelo menos sempre se faz umas fotos bonitas ao pôr do sol naquelas bandas onde dizem que os americanos gravam filmes de cowboys).
Próxima nota de desinteresse: Saragoça.
Fui à Expo e tal e há que dizer que não passa de uma feira de venda de tralhas com uma componente de alerta para o problema da água bastante baixa. Nas lojinhas da Expo podemos comprar preservativos da Expo 2008 e também a mascote em velinha para queimar bem o 'tadinho do Fluvi, yeah! queima o Fluvi e salva o planeta!
Alguns pavilhões eram stand de venda de tapetes e outra futricas só com umas maquetes dos 70's sobre as barragens que foram feitas.
Aqui na fotos os hombres à espera que as señoritas acabem de ver toda a panóplia de tralha que o pavilhão da Índia oferece.
Mas o pior de tudo é o Ex libris da Expo uma Torre da Àgua que é 1km a subir a pé e outro a descer, ou seja 2km, com uma espécie de uma escultura lá no meio.
´
Depois de 1km a subir era possível ter uma vista de Saragoça que é uma cidade entediante como outra cidade medíocre qualquer. :x
Nota positiva para o Pavilhão de Portugal que não sendo nada do outro mundo sempre ganhava muito com aquela parte da interactividade onde o visitante escolhia as acções que considerava mais importantes.
Quando tiver tempo coloco o resto sobre Barcelona. Aí sim há motivos sérios de interesse :)
26.9.08
Mais Espiritismo! Professor Mamadu Sidibé e Professor Suare e também o Mestre Banfa
viajado por xadoc às 10:06 0 bilhetes obliterados
Combinados: espiritismo, Mestre Banfa, Prof. Mamadu Sidibé, Prof. Suare
30.8.08
Professor Diakhaby
O 012combinado foi de férias e como não podia deixar de ser não se esqueceu dos seus ávidos leitores e por isso nesta preciosa colheita do melhor espiritismo africano que por cá se faz aqui fica uma amostra vinda de Faro.
NOTA MUITO IMPORTANTE: Este blog limita-se a divulgar este tipo de actividade pela aberração que é e pelo risível da situação.
Se tem problemas consulte um médico e não se deixe enganar por estes vigaristas.
Todos os contactos desta actividade vão ser censurados e limitar-me-ei a colocar a mensagem só para explorar o ridículo da situação.
viajado por xadoc às 01:36 0 bilhetes obliterados
Combinados: Algarve, espiritismo
28.6.08
Poema ao sábado #8
NÃO QUERO, NÃO
Não quero, não quero, não,
ser soldado nem capitão.
Quero um cavalo só meu,
seja baio ou alazão,
sentir o vento na cara,
sentir a rédea na mão.
Não quero, não quero, não,
ser soldado nem capitão.
Não quero muito do mundo:
quero saber-lhe a razão,
sentir-me dono de mim,
ao resto dizer que não.
Não quero, não quero, não,
ser soldado nem capitão.
Eugénio de Andrade
viajado por xadoc às 12:15 0 bilhetes obliterados
Combinados: Eugénio de Andrade, Poema ao sábado
10.6.08
Riscos - RTP1 (1997)
Riscos era uma série da RTP1 que em 1997 falava sobre os problemas dos jovens e tudo mais. Quem viu não esquece! :')
Já era tempo da RTP1 fazer uma passagem da série pela RTP Memória.
Fica aqui um cheirinho do muito pouco que há por aí...
(vídeo actualizado 4 Set 2008)
Vídeo promocional da série, 1998
(vídeo adicionado a 4 Set 2008)
Os Meus Favoritos:
*o do espiritismo (numa praia com falésia qualquer)
*aquele em que o Diogo leva um cartão de crédito do pai do amigo e aluga um descapotável em vez de um panda acabando-se por estampar com a rapariga do stand.
Lista das personagens e actores:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Riscos
viajado por xadoc às 18:39 1 bilhetes obliterados
7.6.08
Poema ao sábado #7
Este poema foi gentilmente referênciado pelo monstro das bolachas.
Saudação a Walt Whitman
Portugal Infinito, onze de junho de mil novecentos e quinze...
Hé-lá-á-á-á-á-á-á!
De aqui de Portugal, todas as épocas no meu cérebro,
Saúdo-te, Walt, saúdo-te, meu irmão em Universo,
Eu, de monóculo e casaco exageradamente cintado,
Não sou indigno de ti, bem o sabes, Walt,
Não sou indigno de ti, basta saudar-te para o não ser...
Eu tão contíguo à inércia, tão facilmente cheio de tédio,
Sou dos teus, tu bem sabes, e compreendo-te e amo-te,
E embora te não conhecesse, nascido pelo ano em que morrias,
Sei que me amaste também, que me conheceste, e estou contente.
Sei que me conheceste, que me contemplaste e me explicaste,
Sei que é isso que eu sou, quer em Brooklyn Ferry dez anos antes de eu nascer,
Quer pela Rua do Ouro acima pensando em tudo que não é a Rua do Ouro,
E conforme tu sentiste tudo, sinto tudo, e cá estamos de mãos dadas,
De mãos dadas, Walt, de mãos dadas, dançando o universo na alma.
Ó sempre moderno e eterno, cantor dos concretos absolutos,
Concubina fogosa do universo disperso,
Grande pederasta roçando-te contra a adversidade das coisas,
Sexualizado pelas pedras, pelas árvores, pelas pessoas, pelas profissões,
Cio das passagens, dos encontros casuais, das meras observações,
Meu entusiasta pelo conteúdo de tudo,
Meu grande herói entrando pela Morte dentro aos pinotes,
E aos urros, e aos guinchos, e aos berros saudando Deus!
Cantor da fraternidade feroz e terna com tudo,
Grande democrata epidérmico, contágio a tudo em corpo e alma,
Carnaval de todas as ações, bacanal de todos os propósitos,
Irmão gêmeo de todos os arrancos,
Jean-Jacques Rousseau do mundo que havia de produzir máquinas,
Homero do insaisissable de flutuante carnal,
Shakespeare da sensação que começa a andar a vapor,
Milton-Shelley do horizonte da Eletricidade futura! incubo de todos os gestos
Espasmo pra dentro de todos os objetos-força,
Souteneur de todo o Universo,
Rameira de todos os sistemas solares...
Quantas vezes eu beijo o teu retrato!
Lá onde estás agora (não sei onde é mas é Deus)
Sentes isto, sei que o sentes, e os meus beijos são mais quentes (em gente)
E tu assim é que os queres, meu velho, e agradeces de lá -,
Sei-o bem, qualquer coisa mo diz, um agrado no meu espírito
Uma ereção abstrata e indireta no fundo da minha alma.
Nada do engageant em ti, mas ciclópico e musculoso,
Mas perante o Universo a tua atitude era de mulher,
E cada erva, cada pedra, cada homem era para ti o Universo.
Meu velho Walt, meu grande Camarada, evohé!
Pertenço à tua orgia báquica de sensações-em-liberdade,
Sou dos teus, desde a sensação dos meus pés até à náusea em meus sonhos,
Sou dos teus, olha pra mim, de aí desde Deus vês-me ao contrário:
De dentro para fora... Meu corpo é o que adivinhas, vês a minha alma -
Essa vês tu propriamente e através dos olhos dela o meu corpo -
Olha pra mim: tu sabes que eu, Álvaro de Campos, engenheiro,
Poeta sensacionista,
Não sou teu discípulo, não sou teu amigo, não sou teu cantor,
Tu sabes que eu sou Tu e estás contente com isso!
Nunca posso ler os teus versos a fio... Há ali sentir demais...
Atravesso os teus versos como a uma multidão aos encontrões a mim,
E cheira-me a suor, a óleos, a atividade humana e mecânica.
Nos teus ver sos, a certa altura não sei se leio ou se vivo,
Não sei se o meu lugar real é no mundo ou nos teus versos,
Não sei se estou aqui, de pé sobre a terra natural,
Ou de cabeça pra baixo, pendurado numa espécie de estabelecimento,
No teto natural da tua inspiração de tropel,
No centro do teto da tua intensidade inacessível.
Abram-me todas as portas!
Por força que hei de passar!
Minha senha? Walt Whitman!
Mas não dou senha nenhuma...
Passo sem explicações...
Se for preciso meto dentro as portas...
Sim - eu, franzino e civilizado, meto dentro as portas,
Porque neste momento não sou franzino nem civilizado,
Sou EU, um universo pensante de carne e osso, querendo passar,
E que há de passar por força, porque quando quero passar sou Deus!
Tirem esse lixo da minha frente!
Metam-me em gavetas essas emoções!
Daqui pra fora, políticos, literatos,
Comerciantes pacatos, polícia, meretrizes, souteneurs,
Tudo isso é a letra que mata, não o espírito que dá a vida.
O espírito que dá a vida neste momento sou EU!
Que nenhum filho da... se me atravesse no caminho!
O meu caminho é pelo infinito fora até chegar ao fim!
Se sou capaz de chegar ao fim ou não, não é contigo,
E comigo, com Deus, com o sentido-eu da palavra Infinito...
Pra frente!
Meto esporas!
Sinto as esporas, sou o próprio cavalo em que monto,
Porque eu, por minha vontade de me consubstanciar com Deus,
Posso ser tudo, ou posso ser nada, ou qualquer coisa,
Conforme me der na gana... Ninguém tem nada com isso...
Loucura furiosa! Vontade de ganir, de saltar,
De urrar, zurrar, dar pulos, pinotes, gritos com o corpo,
De me cramponner às rodas dos veículos e meter por baixo,
De me meter adiante do giro do chicote que vai bater,
De ser a cadela de todos os cães e eles não bastam,
De ser o volante de todas as máquinas e a velocidade tem limite,
De ser o esmagado, o deixado, o deslocado, o acabado,
Dança comigo, Walt, lá do outro mundo, esta fúria,
Salta comigo neste batuque que esbarra com os astros,
Cai comigo sem forças no chão,
Esbarra comigo tonto nas paredes,
Parte-te e esfrangalha-te comigo
Em tudo, por tudo, à roda de tudo, sem tudo,
Raiva abstrata do corpo fazendo maelstroms na alma...
Arre! Vamos lá pra frente!
Se o próprio Deus impede, vamos lá pra frente Não faz diferença
Vamos lá pra frente sem ser para parte nenhuma
Infinito! Universo! Meta sem meta! Que importa?
(Deixa-me tirar a gravata e desabotoar o colarinho .
Não se pode ter muita energia com a civilização à roda do pescoço ...)
Agora, sim, partamos, vá lá pra frente.
Numa grande marche aux flabeux-todas-as-cidades-da-Europa,
Numa grande marcha guerreira a indústria, o comércio e ócio,
Numa grande corrida, numa grande subida, numa grande descida
Estrondeando, pulando, e tudo pulando comigo,
Salto a saudar-te,
Berro a saudar-te,
Desencadeio-me a saudar-te, aos pinotes, aos pinos, aos guinos!
Por isso é a ti que endereço
Meus versos saltos, meus versos pulos, meus versos espasmos
Os meus versos-ataques-histéricos,
Os meus versos que arrastam o carro dos meus nervos.
Aos trambolhões me inspiro,
Mal podendo respirar, ter-me de pé me exalto,
E os meus versos são eu não poder estoirar de viver.
Abram-me todas as janelas!
Arranquem-me todas as portas!
Puxem a casa toda para cima de mim!
Quero viver em liberdade no ar,
Quero ter gestos fora do meu corpo,
Quero correr como a chuva pelas paredes abaixo,
Quero ser pisado nas estradas largas como as pedras,
Quero ir, como as coisas pesadas, para o fundo dos mares,
Com uma voluptuosidade que já está longe de mim!
Não quero fechos nas portas!
Não quero fechaduras nos cofres!
Quero intercalar-me, imiscuir-me, ser levado,
Quero que me façam pertença doída de qualquer outro,
Que me despejem dos caixotes,
Que me atirem aos mares,
Que me vão buscar a casa com fins obscenos,
Só para não estar sempre aqui sentado e quieto,
Só para não estar simplesmente escrevendo estes versos!
Não quero intervalos no mundo!
Quero a contigüidade penetrada e material dos objetos!
Quero que os corpos físicos sejam uns dos outros como as almas,
Não só dinamicamente, mas estaticamente também!
Quero voar e cair de muito alto!
Ser arremessado como uma granada!
Ir parar a... Ser levado até...
Abstrato auge no fim cie mim e de tudo!
Clímax a ferro e motores!
Escadaria pela velocidade acima, sem degraus!
Bomba hidráulica desancorando-me as entranhas sentidas!
Ponham-me grilhetas só para eu as partir!
Só para eu as partir com os dentes, e que os dentes sangrem
Gozo masoquista, espasmódico a sangue, da vida!
Os marinheiros levaram-me preso,
As mãos apertaram-me no escuro,
Morri temporariamente de senti-lo,
Seguiu-se a minh'alma a lamber o chão do cárcere privado,
E a cega-rega das impossibilidades contornando o meu acinte.
Pula, salta, toma o freio nos dentes,
Pégaso-ferro-em-brasa das minhas ânsias inquietas,
Paradeiro indeciso do meu destino a motores!
He calls Walt:
Porta pra tudo!
Ponte pra tudo!
Estrada pra tudo!
Tua alma omnívora,
Tua alma ave, peixe, fera, homem, mulher,
Tua alma os dois onde estão dois,
Tua alma o um que são dois quando dois são um,
Tua alma seta, raio, espaço,
Amplexo, nexo, sexo, Texas, Carolina, New York,
Brooklyn Ferry à tarde,
Brooklyn Ferry das idas e dos regressos,
Libertad! Democracy! Século vinte ao longe!
PUM! pum! pum! pum! pum!
PUM!
Tu, o que eras, tu o que vias, tu o que ouvias,
O sujeito e o objeto, o ativo e o passivo,
Aqui e ali, em toda a parte tu,
Círculo fechando todas as possibilidades de sentir,
Marco miliário de todas as coisas que podem ser,
Deus Termo de todos os objetos que se imaginem e és tu!
Tu Hora,
Tu Minuto,
Tu Segundo!
Tu intercalado, liberto, desfraldado, ido,
Intercalamento, libertação, ida, desfraldamento,
Tu intercalador, libertador, desfraldador, remetente,
Carimbo em todas as cartas,
Nome em todos os endereços,
Mercadoria entregue, devolvida, seguindo...
Comboio de sensações a alma-quilômetros à hora,
À hora, ao minuto, ao segundo, PUM!
Agora que estou quase na morte e vejo tudo já claro,
Grande Libertador, volto submisso a ti.
Sem dúvida teve um fim a minha personalidade.
Sem dúvida porque se exprimiu, quis dizer qualquer coisa
Mas hoje, olhando para trás, só uma ânsia me fica -
Não ter tido a tua calma superior a ti-próprio,
A tua libertação constelada de Noite Infinita.
Não tive talvez missão alguma na terra.
Heia que eu vou chamar
Ao privilégio ruidoso e ensurdecedor de saudar-te
Todo o formilhamento humano do Universo,
Todos os modos de todas as emoções
Todos os feitios de todos os pensamentos,
Todas as rodas, todos os volantes, todos os êmbolos da alma.
Heia que eu grito
E num cortejo de Mim até ti estardalhaçam
Com uma algaravia metafisica e real,
Com um chinfrim de coisas passado por dentro sem nexo.
Ave, salve, viva, ó grande bastardo de Apolo,
Amante impotente e fogoso das nove musas e das graças,
Funicular do Olimpo até nós e de nós ao Olimpo.
Álvaro de Campos
viajado por xadoc às 11:58 0 bilhetes obliterados
Combinados: Álvaro de Campos, Poema ao sábado
5.6.08
Mestre Nhabal
Parece que a credibilidade destes mestres está directamente relacionada com a quantidade de erros ortográficos. Em todo o produto há que ter características diferenciadoras não é? Ou é preciso fazer um MBA para saber isso? :P
viajado por xadoc às 23:45 0 bilhetes obliterados
Combinados: espiritismo, Metro
31.5.08
Poema ao sábado #6
Só na morte
ponho o zero
à esquerda
do zero
outro zero
começa
João Apolinário
viajado por xadoc às 12:13 1 bilhetes obliterados
Combinados: João Apolinário, Poema ao sábado
24.5.08
Poema ao sábado #5
Às vezes, quando ergo a cabeça estonteada dos livros em que escrevo as contas alheias e a ausência de vida própria, sinto uma náusea física, que pode ser de me curvar, mas que transcende os números e a desilusão. A vida desgosta-me como um remédio inútil. E é então que eu sinto com visões claras como seria fácil o afastamento deste tédio se eu tivesse a simples força de o querer deveras afastar.
viajado por xadoc às 12:24 0 bilhetes obliterados
Combinados: Fernado Pessoa, Poema ao sábado
17.5.08
Poema ao sábado #4
"God is dead" - Nietzsche, 1882
"Nietzsche is dead" - God, 1900
viajado por xadoc às 12:18 0 bilhetes obliterados
Combinados: Poema ao sábado
10.5.08
Poema ao sábado #3
A STORY THAT COULD BE TRUE
If you were exchanged in the cradle and
your real mother died
without ever telling the story
then no one knows your name,
and somewhere in the world
your father is lost and needs you
but you are far away.
He can never find
how true you are, how ready.
when the great wind comes
and the robberies of the rain
you stand in some corner shivering.
The people who go by-
you wonder at their calm.
They miss the whisper that runs
any day in your mind,
"Who are you really wanderer?"-
and the answer you have to give
no matter how dark and cold
the world around you is:
"Maybe I'm a king."
William Stafford
viajado por xadoc às 12:14 1 bilhetes obliterados
Combinados: Poema ao sábado, William Stafford
3.5.08
Poema ao sábado #2
AQUELA NUVEM
- É tão bom ser nuvem,
ter um corpo leve,
e passar, passar.
- Leva-me contigo.
Quero ver Granada.
Quero ver o mar.
- Granada é longe,
o mar é distante,
não podes voar.
- Para que te serve,
ser nuvem, se não
me podes levar?
- Serve para te ver.
E passar, passar.
Eugénio de Andrade
viajado por xadoc às 12:12 0 bilhetes obliterados
Combinados: Eugénio de Andrade, Poema ao sábado
26.4.08
Poema ao sábado #1
Aqui
as coisas
começam
em espiral
uma linha
partindo
do centro
do Homem
João Apolinário
viajado por xadoc às 12:11 0 bilhetes obliterados
Combinados: João Apolinário, Poema ao sábado
Nova rúbrica "Poema ao sábado"
Por isso todos sábados um poema.
viajado por xadoc às 12:06 0 bilhetes obliterados
Combinados: Poema ao sábado
19.3.08
A RTP quando quer é excelente. Especial "Guerra sem fim"
Passaram 5 anos desde a invasão do Iraque e já morreram 100000 civis, 4000 americanos e foram gastos 600 biliões de dólares (2 semanas de guerra no Iraque dão para acabar com o analfabetismo no mundo).
A RTP decidiu e muito bem passar um Especial Informação que se tiverem oportunidade de ver noutra altura aconselho vivamente.
ESPECIAL INFORMAÇÃO
IRAQUE:GUERRA SEM FIM
A 19 de Março de 2003 começava a invasão do Iraque pelas forças anglo-norte americanas.
Passaram 5 anos e a guerra continua...
21:00
O rigor da Informação, numa emissão "Especial"
viajado por xadoc às 21:42 0 bilhetes obliterados
17.3.08
Cartões Yorn expirados
Bons tempos em que o IVA era a 19% (melhor ainda a 17%), pena estes 2,5 euricos que cada cartão tinha terem ido para o galheiro :(
viajado por xadoc às 13:47 0 bilhetes obliterados
Combinados: 2004, telecomunicações, Vodafone, Yorn
14.3.08
A 329 no Microsoft Virtual Earth!
Atenção que no Virtual Earth em (maps.live.com) têm que ver nesse ângulo senão não aparece!
viajado por xadoc às 13:17 0 bilhetes obliterados
Combinados: 329, Microsoft, Virtual Earth
12.3.08
Viagens na minha terra #1
O meu momento "sinto-me velho do dia" foi hoje de manhã na Portela quando entrou um casal de velhinhos e ela trazia um saco de plástico da Telecel, com várias vitaminas entre elas a vitamina R, ai como eu na altura queria ter tido um trambolho daqueles...
À vinda apanhei a 313 saí em Sacavém, e passados alguns minutos aproxima-se de mim um matulão de brinco na orelha, roupa da street-feira, bem rechonchudinho e nos seus 15/16 anos que me diz qualquer coisa numa língua que parecia alienígena...
Fiquei um bocado naquela mas o que é que este gajo quer? Estava em Sacavém mas pela definição não parece carjacking "ou seja, ao roubo de carros na estrada com ameaça de armas de fogo" segundo o Metro 10 Março 2008, será que é pelo telemóvel? carteira?
-hãn? - digo, e ele volta a perguntar:
-prraassou da Portela Azóia?
-ah!... acho que passou agora. (vi uma camioneta sair quando estava na 313 a descer a rampa junto à bomba da Galp e deduzi que fosse a da Portela).
- e quanto tempo agora?
- daqui a uns 20 ou 30 mins (estava a ser optimista e sem qualquer conhecimento de fundo na matéria...)
- isso é quando?
:x (fiquei WTF?! este gajo não sabe somar às horas?)
- quando disser ali 15 e 30 ou 40. Mas vais para onde?
- Figueiras em Flor
A conversa ainda continuou sobre onde era as Figueiras em Flor a forma de lá chegar, o facto da 318 ir pelo bairro da fraternidade e tal...
Passado um bocado chega a 321, o moço passou à frente até das velhinhas para entrar e lá entrei também. Ia ouvindo o gajo a dizer para as velhinhas "vai sair?" e a dar passagem portanto não era mal educado, o momento anterior de passar à frente das velhinhas deve ter sido uma fobia que a camioneta enchesse o que aquela hora era manifestamente impossível. Quando finalmente saí o rapaz fez sinal de adeus e acenei também e assim acaba mais um conto da rodoviária.
7.3.08
E estreou a "nova" Vila Faia
...à poiz é! Aí está a nova grande produção nacional e para já posso garantir que ninguém vai dar por falta dos Gato Fedorento! Vila Faia supre a lacuna! Os clichés estão lá todos, desde os slow motions dele a passar pelo fogo, ela a levar as mãos à cara numa forma tão desesperante que nem Cecil B. DeMille conseguiria num épico bíblico. A pobre da Simone de Oliveira provavelmente tem contas para pagar ao fim do mês e só assim compreendo que desempenhe um papel tão ridículo, outra coisa interessante foi ver que a criada lhe passava as peças de prata para serem atiradas à piscina durante o incêndio em vez de atirar directamente, isto sim é boa criadagem!
Carinho e conforto, duas palavras que ficam sempre bem no parágrafo a seguir a prostituta.
Resumindo: uma série boa de se ver. Quanto mais não seja porque sempre se aprende que afinal há putas ingénuas e boazinhas que "trabalham" em cima do capot e só cobram depois (não ando no ataque mas quer-me cá parecer que o pré-pagamento seria uma boa opção para o negócio).
viajado por xadoc às 23:45 0 bilhetes obliterados
6.3.08
Passe? Senha? Regras para colar o título.
Não é passe! "Boa noite, por favor mostre-me o seu título de transporte"- diz o pica(não é pica é revisor), ahhhh tanto tempo no cruel engano... Agora já sabem, é título de transporte não é passe! Não se enganem no Quem quer ser milionário!
No dia 1 de Março, entro na camioneta vou a colar a senha e o srº motorista diz: "atenção que não pode colar por cima das outras senhas, tem que tirar primeiro as outras e só depois colar senão leva multa!" respondo "mas porquê?" "é assim..." "mas porquê?" "São as regras." "bah, ainda no outro dia mostrei isto tudo colado e ninguém me disse nada..."
Conclusão: A Rodoviária é coisa séria.
Post scriptum:
Não é senha, é vinheta. (dica do monstro das bolachas)
viajado por xadoc às 23:59 0 bilhetes obliterados
Combinados: passe, Rodoviária de Lisboa
CUNSULTORA ESPIRITUAL
viajado por xadoc às 23:54 0 bilhetes obliterados
Combinados: areeiro, espiritismo