NÃO QUERO, NÃO
Não quero, não quero, não,
ser soldado nem capitão.
Quero um cavalo só meu,
seja baio ou alazão,
sentir o vento na cara,
sentir a rédea na mão.
Não quero, não quero, não,
ser soldado nem capitão.
Não quero muito do mundo:
quero saber-lhe a razão,
sentir-me dono de mim,
ao resto dizer que não.
Não quero, não quero, não,
ser soldado nem capitão.
Eugénio de Andrade
28.6.08
Poema ao sábado #8
viajado por xadoc às 12:15
Combinados: Eugénio de Andrade, Poema ao sábado
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